julho 14, 2010

Valor Universal dos Seres!!!

A Liberdade



Falar hoje de Liberdade tornou-se tarefa complexa, pois ao evocar esta palavra apelamos igualmente os vários conceitos a ela associados, que podem ajudar a entender o seu verdadeiro sentido ou prejudicar a sua compreensão.



A confusão mais comum faz-se com o conceito de independência.

A independência surge como uma impossibilidade, pois não podemos escolher não ser dependentes em nada. A verdade é que dependemos de quase tudo e todos… Mas entendemos aqui a dependência como uma “necessidade” - a necessidade da existência de outro ou de outras coisas ou eventos.

Contudo, levada ao seu extremo, a dependência pode significar a alienação da própria responsabilidade e até a negação da própria dignidade enquanto ser único, responsável.

Confrontar-nos com a nossa “necessidade” de depender pode trazer uma sensação negativa de fraqueza ou incapacidade, uma vez que o atendimento das nossas necessidades fica à mercê da disponibilidade de pessoas ou de objectos necessários para a concretização dos nossos anseios e desejos… o que, visto sob a óptica da dependência da execução de um objectivo com prazo definido, cria naturalmente um stresse, uma vez que a dependência do outro se torna factor limitante à concretização de uma meta no tempo desejado.

Mas a dependência dos outros e dos recursos disponíveis é um processo natural, e o atendimento às suas próprias necessidades depende da disponibilidade do outro, dos outros, do mundo, do Cosmos.



A não aceitação da dependência (saudável) gera nos indivíduos e sociedades outra dependência mais feroz ainda que é a da “anti-dependência”: faço tudo ao contrário do que me dizem, apenas porque quero mostrar que sou senhor do meu nariz… e acabo escravo da minha falsa liberdade.

A sugestão é: observe a sua “dependência” em relação às pessoas e aos recursos. Perceba como acontece este processo e, principalmente, como você o vive. Por outro lado, observe as necessidades, as prioridades do outro em relação à sua própria vida. Olhe para si e verifique quantas coisas você prometeu e deixou de atender em relação às outras pessoas.

Se houver a compreensão do sentido real da dependência, compreender o outro poderá criar uma rede de auxílio mútuo. Talvez você possa ajudar essa pessoa a resolver primeiro as suas necessidades, para que assim ela possa ajudá-lo no atendimento das suas.

A autonomia surge como uma “conquista”: a concretização do próprio ideal de vida por meio de suas próprias acções.

Apenas pode acontecer na interdependência, que surge como uma “escolha pessoal” - a liberdade de ser e agir conforme às suas próprias motivações, visando a realização e a concretização dos desejos e anseios, aceitando o outro (que também tem as suas necessidades) e a dependência em relação a outras pessoas, criando-se assim uma grande rede interligada, na qual a dependência entre as pessoas se transforma numa realidade visível e perceptível.

Isso leva à compreensão e paciência necessárias para que o processo de integração da experiência e a maturação de cada indivíduo vá acontecendo naturalmente, aceitando que tudo tem o seu tempo de acontecer. A compreensão e a paciência, por sua vez, leva a testar o real desejo de ver os nosssos anseios concretizados, que nos leva a desenvolver persistência.

Basicamente exercer a liberdade consiste em aprender a dizer SIM e NãO. Atenção: são simultâneos e não opcionais: um sim a alguma coisa implica sempre o não ao seu contrário, e vice-versa… E nós temos dificuldade em dizer SIM de forma inteira, total, comprometendo corpo e alma e honra e palavra.

Temos igualmente muita dificuldade em dizer “não”. Por isso pagamos a factura ao longo da vida das más escolhas que fazemos; más unicamente porque não são inteiras, claras, decididas.

de:Dr.Horácio Lopes

Sucesso4life são os votos que desejo!!!Optimo dia!!!

Obrigado Dr.Horácio pela colaboração no nosso blog!!!

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