Para a gozares totalmente, tens de embarcar nela e transformar as borboletas na barriga em coragem para te sentares neste carrossel alucinante.
Tens um tempo de preparação, metes o cinto, os teus pais protegem-te uns bons anos, e depois lá vais tu… sozinho naquele assento. Atenção que há quem tenha medo destas montanhas russas e não será isso uma falha na idade de preparação ou uma super protecção dos pais? Não é aí que se criam fobias no nosso inconsciente? Não é aí que começa a pantofobia? O receio de tudo?
Bem, passemos às regras de segurança da viagem: não é permitido levares ninguém ao colo, nem mais peso sobre ti, se não corres o risco de te magoares ou saltar alguém fora. Mas claro que deves de levar alguém ao lado ou à frente, ou atrás, não sendo as posições relevantes, o que conta é que estabeleces uma ligação com alguém. Podes sempre apertar a mão, dá-la ou estica-la e emanares amor nesta viagem em qualquer ligação que tenhas escolhido.
Depois inicias a viagem, deixas-te levar e sentes uma paz e uma adrenalina estóica. Os teus sentidos apuram-se, o teu coração bate forte e tu ficas extasiado. Entregas-te ao momento e goza-lo em plenitude. Geralmente tens uma subida lenta para depois desceres a pique e com grande velocidade. Na tua vida isto também acontece muitas vezes, demoras anos a chegar ao topo e minutos a deixar tudo por agua a baixo. Mas sabes? O topo é um lugar mais frio e com muito vento e insegurança. A magia não está em lá chegar, está no caminhar até lá e nas pessoas que escolhes para te acompanharem. Na montanha russa é esse pico que te eleva e dá aquela energia poderosa de termos o universo nas nossas mãos e o coração a explodir de emoção quando descemos. Depois tens curvas bem apertadas, inclinas-te, fechas os olhos, sentes o vento sem dares pelo tempo. Sentes a voar, sem destino mas sem parar.
É normal sentires medo, mas deves sempre transformar esse medo em excitação e paixão pelo desconhecido.
Depois tens uma data de solavancos. Saltas, gritas, pulas, sentes e giras em torno desta energia deslumbrante.
Logo a seguir tens um looping. Ou mais que um! Que coisa tremenda!
Sentes a pulsação e a comoção presentes?
O êxtase em que estás?
O looping serve apenas para que naquela fracção de segundo tu possas mudar a perspectiva, e ver sobre outro ângulo fantástico. De cima para baixo! É aí que te elevas e sentes-te num patamar maior, menos denso e mais livre. Vês tudo mais pequeno e mais organizado. Não é este looping que às vezes devias fazer na tua vida?
Por fim, acalmas. Sentes uma tranquilidade recheada de emoção mas uma sensação de realização maravilhosa! Valeu a pena!
Agora pergunto-te, se a montanha russa fosse uma linha recta, seria montanha? Teria este êxtase todo? Valeria apena toda aquela monotonia? Sentirias alguma coisa realmente importante? Creio que não. Tal como na tua vida. O importante é o modo como encaras e sentes a viagem. Não o trajecto ou as curvas que nela existem! As curvas e descidas bruscas servem para combateres a inércia e dares impulso à tua vida.
Combate a resistência, abandona a procrastinação e sente a magia deste carrocel!
Nita Domingos
Desejo-te continuaçao de sucesso4life e um óptimo dia!!!
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